Acompanhe a sequência de matérias:
Revista Veja - 26 de agosto de 2009
Nazismo em todo lugar
Admirador da obra do italiano Primo Levi, escritor que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, o advogado americano Mike Godwin participava, em 1990, dos grupos de discussão da rede Usenet, espécie de antepassada da internet, e irritava-se com a leviandade com que os debatedores recorriam a analogias com o nazismo para desqualificar o argumento dos adversários. Foi então que ele cunhou a Lei de Godwin: "À medida que uma discussão on-line se alonga, a probabilidade de uma comparação envolvendo Hitler ou o nazismo se aproxima de 1". (Na linguagem matemática da probabilidade, 1 equivale a 100%.) Godwin fez uso paródico da matemática com o objetivo de alertar para a banalização do nazismo. E, embora a lei por si só não estabeleça juízos sobre o valor de comparações com o regime de Hitler, ela sugere, sim, que esse expediente desqualifica a discussão. Afinal, de que adianta ir em frente se uma das partes está disposta a vencer pelo autoritarismo, ou até mesmo pela violência? No Brasil e no mundo, os debates públicos não se cansam de corroborar a Lei de Godwin. (...) Como lembra o filósofo Roberto Romano, as palavras, como a moeda corrente, estão sujeitas à inflação. É comum que termos políticos percam o sentido e o valor pelo uso indiscriminado: fascista, neoliberal, republicano, cidadania. O nazismo, contudo, marca o paroxismo do Mal na história moderna. Foi um episódio extremo – e perde-se muito em vulgarizar o conceito.
Revista Veja - 23 de setembro de 2009
Ela é Megan. Não precisa ser meiga.
A atriz MEGAN FOX, 23 anos, é sexy, atrevida e estonteantemente parecida com Angelina Jolie. E complicada, reputação confirmada quando deu de falar mal de Michael Bay, diretor de Transformers, o filme que a lançou para o sucesso."É um Hitler", comparou, derrapando na Lei de Godwin das analogias nazistas. "Megan é burra como uma porta. Nem deve saber quem foi Hitler", diz uma carta de três anônimos dos bastidores das filmagens – Godwin, então... Também é difícil, mal-humorada e mal-educada: "Nunca agradeceu o duro que demos para esconder aquela tatuagem ridícula de Marilyn Monroe que tem no braço". A carta, publicada no site do diretor, foi retirada, e ele pôs panos quentes: "Não apoio. As declarações malucas de Megan são parte do seu charme maluquete".
Revista Veja - 14 de outubro de 2009
A SS de Hugo Chávez
O presidente Hugo Chávez deu um passo largo em seu projeto de implantar uma ditadura fascista na Venezuela. Na semana passada, a Assembléia Nacional, dominada por seus partidários, aprovou uma reforma da legislação sobre as Forças Armadas cujo objetivo foi equiparar as milícias de Chávez aos militares do país. Já no próximo ano, esses arruaceiros fardados terão salário fixo, armamento e poder de destruição comparáveis ao do Exército regular. A existência de uma tropa de choque à margem das instituições e diretamente ligada ao líder supremo é uma característica do fascismo. Adolf Hitler chegou a ter duas milícias distintas, cujas ações incluíam maltratar os judeus, dispersar comícios esquerdistas e empastelar jornais. Depois de assumir o poder, ele mandou destruir uma delas, a SA, por causa de desavenças dentro do partido nazista. A outra, a famigerada SS, recebeu armamento pesado e se tornou executora dos abomináveis crimes do regime. O italiano Benito Mussolini contava com os camisas-negras para torturar oposicionistas e acabar com greves. Foi marchando à frente de seus milicianos que ele chegou a Roma para tomar o poder. (...)
Então tá. Tipo, a gente pode, eles, não. Como diria minha avó, é o sujo falando do mal lavado.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Seja incoerente
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário