sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem paga?

Há um ano ficou quente a discussão sobre o futuro dos jornais e revistas online. Várias companhias do primeiro escalão da mídia global simplesmente não sabem como ganhar dinheiro com a internet e a crise econômica deixou essa situação ainda mais aparente. Um ano depois, começa uma segunda onda de revisão do modelo de negócios da mídia online. A primeira onda foi a abertura de sites com base na tese de que o fluxo maior de visitantes faria decolar a receita com anúncios - foi nessa fase que o The New York Times abriu todo seu conteúdo, por exemplo. Era a reversão do modelo original, em que os sites eram uma espécie de complemento para assinantes da versão em papel. Nem todos aceitaram a tese, como foi o caso do Financial Times, do Wall Street Journal e, no Brasil, da Folha de S. Paulo. São eles que servem de modelo agora. Nesta semana, a revista britânica The Economist fechou seu site. Quem quiser, pode fazer uma assinatura da versão online, ou do impresso com direito a entrar no site. Vamos ver outras ações desse tipo. É provável que a internet fique de vez dividida entre os sites de informação rápida e superficial, gratuitos e com receita unicamente de anúncios, e aqueles que têm conteúdo próprio de alta qualidade e, claro, fechado. Para os jornais e revistas que ainda não decidiram de que lado estão, é hora de agir.

2 comentários:

  1. Lesper, os jornais vão acabar. Assim como o mundo. Gostei dos textos. Prometo ajudar. Sinval

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  2. O site da Folha tem conteúdo de alta qualidade?
    Gostei do blog.
    Abraço, Casper!

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